segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

Alcatéia - Prateada

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Há muitos e muitos anos atrás, num evento de anime aqui de brasília, o Kodama, eu participei de um workshop sobre como fazer roteiros para quadrinhos, workshop ministrado pela Eddie Van Feu.
Antes de fazer o workshop eu já tinha adquirido o primeiro volume do mangá da Eddie, chamado Alcateia. Era uma história muito bonita, sobre homens que se tornavam lobos, e sobre um menino mestiço, filho de uma humana com um desses homens-lobo, que sofria todo tipo de preconceito e injustiça por simplesmente ser quem ele era.

Na época e acredito que hoje ainda também, fazer e publicar quadrinhos era caro. Eu lia Holy Avenger e um eventual Kombo Rangers, também comprava fanzines e li Ethora depois (Que tinha um traço lindo de morrer da Erica Horita). Por ser tão caro alcateia eventualmente parou de ser publicada, mas eu sempre mantive aquela história na mente, pensando o que ia acontecer com Philippe? Ele ia se transformar em um lobo e ganhar respeito e admiração dos outros lobos?
E nunca me esqueci do workshop também, Minha produção literária é quase nula. Tenho alguns textos bem crus de ideias que tive, mas sempre tive blogs. O motivo pela qual não me esqueci do workshop foi porque a Eddie era encantadora. Muito gentil e simpática. Eu li um tempo depois (ou foi antes?) o livro dela, O portal e amei.

Com os anos me afastei um pouco dos eventos de anime, ainda vendo um aqui e ali, e acompanhando produção nacional de quadrinhos e mangás, mas nada muito sério.
Quando esse ano tive a ideia de procurar a Eddie no twitter e lá estava ela.
Ai pensei "vai ver ela terminou de publicar Alcateia e eu nem sei!"
Procurei no site do linhas tortas e achei. Um livro.
Bom os suficiente para mim, não importa a mídia, só queria saber o resto da história de Philippe e Prateada.

Terminei agora o primeiro livro e fiquei encantada. A narrativa é muito gostosa, pela atenção que a Eddie dá a alguns detalhes, e o mundo fantasioso é quase como se fosse real (Será que não é mesmo?).
A atitude sempre positiva de Philippe o torna extremamente carismático e a lealdade e força de sua loba, Prateada, me fizeram amar a personagem. É legal ver que numa cidade em que a maioria das pessoas não podem ser consideradas boas, existem chamas de esperança de justiça e igualdade, como o capitão Diderot.
É uma história gostosinha que vale a pena.

Irei começar a ler o segundo livro hoje, pois esse primeiro termina com uma possível ameaça no ar.

Ah sim, não dá pra deixar de falar, também, do Livro Queimado da Bruxa de Gevaudan, que cita a história de Alcateia e no fim me deixou na dúvida se era um livro de verdade ou ficção. Gostei muito dos encantamentos e das lições que haviam nesse extra.